Ativistas pela não violência fazem protesto em repúdio à feira de armas

Sabine Mendes

Representantes de várias organizações e familiares de vítimas da violência no Rio de Janeiro repudiam a presença das empresas que fornecem armamento para o exército israelense no Brasil

PressenzaRio de Janeiro, 17-04-2009No dia 14 de abril de 2009, integrantes de diferentes organizações em prol dos direitos humanos participaram de um ato de repúdio à LAAD 2009, a feira Latin América Aero & Defense, que ocorreu no Rio Centro entre os dias 14 e 17 deste mês. O objetivo do ato era manifestar a indignação diante do incentivo ao comércio de armamentos pesados em território nacional e à presença da indústria bélica israelense, responsável por mais de 1.400 mortos e 5.000 feridos somente na última ofensiva na Faixa de Gaza. As empresas fornecem ainda apoio bélico e logístico aos Estados Unidos e a países da América Latina.

Estiveram presentes membros do Mundo Sem Guerras e da equipe promotora da Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência, recolhendo adesões ao evento mundial. Também se manifestaram membros do PCB, PSTU, do Movimento da Palestina, da COMLUTAS, familiares de vítimas da violência policial no Complexo da Maré e sindicalistas, além dos músicos Marcelo Yuka e Mc Leonardo.

O manifesto convocatório destacava que a “política criminosa e agressiva do governo do estado do Rio de Janeiro contra os trabalhadores mais humildes das comunidades, fez escola justamente em Israel. Foi de lá que o governador Garotinho importou o caveirão e é de lá que o atual governo importa a logística e as armas que matam a juventude e eliminam a pobreza”.